A tricologia é responsável pelo correto diagnóstico e tratamento das disfunções estéticas
e das doenças relacionadas aos cabelos e couro cabeludo.
Tricologia é o ramo da ciência que teve início na Europa em 1902, com o propósito de estudar cabelos, pelos e os problemas relacionados a eles.
A tricologia é responsável pelo correto diagnóstico e tratamento das disfunções estéticas e das doenças relacionadas aos cabelos e couro cabeludo. Existem diversas causas que podem levar a determinadas alterações e desencadear a perda dos fios capilares. Para cada uma delas existe uma técnica de investigação clínica e um tratamento específico, por isso a importância da consulta médica para um correto diagnóstico.
Temos como objetivo dos tratamentos para as quedas capilares: recuperar e/ou manter os fios de cabelos e a saúde do couro cabeludo.
Tipos de Alopecia
A causa da alopecia androgenética é genética e hormonal. Nos homens que começam com alopecia androgenética, geralmente há uma história familiar direta, embora sua ausência não exclui a possibilidade de aparecimento desse tipo de alopecia. Perder o cabelo ainda na puberdade, sinaliza possivelmente que o paciente terá uma calvície mais acentuada, já a perda do cabelo após a maturidade dificilmente nos levará a grandes áreas calvas. Não temos como mensurar ao certo como será a perda de cabelos em qualquer momento da vida, porém a história familiar pode ser considerada um dos parâmetros mais fidedignos.
A alopecia Androgenética feminina é uma das formas mais frequentes de alopecia, e sua prevalência aumenta com a idade: de 3 a 12% durante a terceira a quarta década de vida, para 14-28% em mulheres pós-menopáusicas na casa dos cinquenta e 29-56% na população feminina com mais de 70 anos de idade.
A alopecia androgenética feminina é de causa genética e multifatorial, na qual atuam mecanismos andrógeno-dependentes e independentes. Pode começar a manifestar-se antes da menopausa (precoce) ou após a menopausa (Tardia).
Se os sinais e sintomas iniciarem antes da menopausa, é provável que ficará mais evidente depois desta, devido ao efeito da diminuição do estrogênio característico da menopausa. Pode começar a partir dos 8 anos, coincidindo com a adrenarca, ou seja, o início da produção hormonal das glândulas adrenais.
A característica clínica usualmente encontrada em mulheres com alopecia androgenética, além do afinamento dos fios, é a perda de densidade capilar (ou seja, “clareia” o couro cabeludo), e uma das principais frases que ouvimos é: “Enxergo meu couro cabeludo que antes não enxergava”. As áreas mais acometidas são as regiões frontal central e parietal, com “alargamento” progressivo da parte média do cabelo, preservando a linha do cabelo. Com o passar do tempo pode haver uma perda difusa em toda a região superior do couro cabeludo.
O eflúvio telógeno agudo é a forma mais frequente de queda capilar e caracteriza-se por ser uma alteração do ciclo de crescimento do cabelo que produz uma queda de cabelo muito marcante por um período limitado de tempo e é reversível. É muito comum em mulheres jovens, mas também pode ocorrer em homens e em pacientes mais velhos.
Todos temos ciência do grau de queda de cabelos a que estamos submetidos no dia a dia. Já os pacientes com Eflúvio Telógeno percebem um aumento considerável nesta perda, principalmente ao lavar os cabelos, pentear ou até no piso dos ambientes que frequentam habitualmente.
O eflúvio telógeno agudo ocorre quando a raiz do folículo piloso sofre danos específicos que interrompem seu ciclo de crescimento. Do momento em que o dano ocorre até que a queda de cabelo seja evidente, costuma passar cerca de 2 a 3 meses. Alguns exemplos de agressões que podem produzir um eflúvio telógeno são infecções, cirurgias, parto, deficiências vitamínicas, eventos traumáticos ou estressantes. Entre as infecções que podem causar o Eflúvio Telógeno, atualmente destacamos a infecção por COVID-19 (SARS-CoV-2) e pelo vírus da Dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Acontece quando a raiz do folículo piloso interrompe constantemente seu ciclo de crescimento por mais de 6 meses.
A Alopecia Frontal fibrosante é uma alopecia que chamamos de cicatricial. Tende a aparecer mais em mulheres que entraram na menopausa precocemente, porém atualmente vemos também em mulheres na pré menopausa e em homens.
Acredita-se que a causa dessa alopecia é uma junção de fatores hormonais e autoimunes que afetam as pessoas que são mais suscetíveis geneticamente.
A alopecia frontal fibrosante costuma afetar os pelos na parte da frente da cabeça (zona fronto-temporal) e os pelos das sobrancelhas, embora também possa afetar os pelos da zona do pescoço e restante do corpo. Não é incomum que apareçam “bolinhas” (como espinhas), no rosto e também é comum que as veias da testa fiquem mais evidentes.
O diagnóstico é feito com o exame clínico e a tricoscopia digital. Em alguns casos se faz necessário também a realização de uma biópsia.
A alopecia por tração afeta principalmente mulheres que usam várias formas de penteados traumáticos por um período prolongado de tempo. É mais frequentemente observada na população afrodescendente, embora não seja exclusivamente encontrada nestas pacientes. O risco de desenvolver alopecia de tração aumenta pela extensão da tração e duração da tração, bem como o uso de relaxamentos químicos.
A manutenção dos fatores agressores de forma crônica provoca a destruição progressiva dos folículos tracionados. Se for suspensa a tração, é possível a recuperação do cabelo, porém se a agressão for mantida, a alopecia se torna irreversível.
É um tipo de alopecia causada pelo hábito de puxar os cabelos. Acomete mais frequentemente crianças e adultos jovens e tem como característica o aparecimento de áreas difusas de “falhas no cabelo”. O diagnóstico é feito clinicamente e por tricoscopia digital. Também podemos suspeitar dessa alopecia nos casos em que o paciente está passando por um momento de intenso estresse.
Tratamentos Capilares
Consiste em uma técnica através da qual um equipamento é utilizado para injetar substâncias na pele de maneira precisa e na dosagem adequada, prezando sempre pela individualização do tratamento de cada paciente.
Este tratamento é a união do que há de mais avançado entre as tecnologias de microagulhamento e radiofrequência. Através dessa combinação é possível termos resultados superiores em um período de tempo menor.
A radiofrequência promove:
- Aumento e melhora da nutrição celular;
- Melhora do fluxo sanguíneo dos folículos;
- Estimulo de fatores de crescimento;
- Abertura de canais que propiciam penetração e ação dos ativos;
- Repilação progressiva.
As medicações orais são de grande importância nos tratamentos das doenças que acometem o couro cabeludo. Podemos destacar: Minoxidil oral, Finasterida, Dutasterida, Espironolactona, Bicalutamida e Baricitinib. Após a realização de exames laboratoriais, também podem ser utilizadas vitaminas para suplementar os déficits existentes.
A aplicação de toxina botulínica para tratamento da alopecia androgenética, conhecida popularmente por calvície, é relativamente recente e acredito que ainda teremos muitos estudos por vir. O que podemos concluir, até o momento, é que quando aplicada nas regiões occipital, temporal e frontal exerce uma ação de relaxamento da musculatura, fazendo com que aumente a oxigenação de todo o couro cabeludo e aumente os estímulos para o crescimento capilar. Também acredita-se em uma ação anti androgênica, isso é, que a toxina bloqueie o DHT, que é o hormônio responsável pela miniaturização dos fios.
Exames
A tricoscopia hoje é considerada uma ferramenta indispensável para avaliação das alopecias.
É um exame não invasivo, realizado durante a consulta de avaliação que proporciona enxergarmos os fios de cabelo e couro cabeludo em grande aumento através do tricoscópio digital que combina a amplificação por lentes com análise computadorizada. Através dele, podemos identificar sinais característicos dos diferentes tipos de alopecia.
Durante esse exame o paciente participa de forma ativa e consegue visualizar tudo o que o profissional está enxergando através de um computador.
O teste de tração faz parte do exame clínico dos pacientes com queixa de queda capilar e é bastante importante para identificarmos a causa da queda e também para acompanharmos o paciente após iniciar o tratamento.
É realizado durante a consulta médica, na qual uma mecha de aproximadamente 50 fios de cabelo é separada e tracionada de maneira firme, começando do couro cabeludo até as pontas dos fios. O teste é realizado em diferentes partes do couro cabeludo e, em seguida, é observado o número de fios perdidos.
Em alguns casos para melhor elucidação do diagnóstico, é necessário a realização de uma biópsia de couro cabeludo.
Teste genético baseado em tecnologia de última geração de microarray de DNA.
O Trichotest é um exame no qual realizamos a coleta do DNA através de um swab bucal, e enviamos essa amostra para ser examinada nos Laboratórios da Fagron, na Espanha.
Esse teste fornece um relatório completo com explicação de suas características genéticas e sua relação com o tratamento da alopecia e nele conseguimos analisar:
1. Metabolismo de prostaglandinas
2. Inflamação
3. Efeito androgênico
4. Vasodilatação e circulação sanguínea
5. Síntese de colágeno
6. Metabolismo de vitaminas e minerais
7. Metabolismo do fator de crescimento semelhante à insulina
Plataforma BULGE
Imagine uma forma inovadora de diagnosticar e tratar problemas capilares.
Aqui disponibilizamos os mais recentes recursos terapêuticos em uma única plataforma.
A nova plataforma Bulge Hair Restoration é um sistema completo de análise e tratamento capilar, desde o diagnóstico até os mais eficientes e consagrados tratamentos capilares.
Sistema completo de diagnóstico capilar: nível de alopecia, densidade capilar, espessura de cada fio, alterações foliculares, metabolismo sebáceo e oleosidade, fenômenos alérgicos e análise do couro cabeludo.
Pulverizador de ativos antissépticos para limpeza instantânea. Spray de ativos e medicamentos tópicos sob aerossol.
Sistema de radiofrequência microagulhada para indução do crescimento capilar. Fortalece, engrossa e estimula as células do bulbo piloso.
Possibilita a ação dos ativos dermatológicos apenas no couro cabeludo. Desta forma, os medicamentos agem apenas nos locais em que se deseja, não havendo circulação sistêmica de medicamentos. Seguro, eficaz e sem efeitos colaterais.
Melhora do fluxo sanguíneo no couro cabeludo. Ação intrínseca nos bulbos capilares. Recuperação de fios finos e enfraquecidos.
Estimula os folículos capilares a saírem do estado de hibernação, fortalecendo e estimulando o crescimento.
- Principais indicações:
- Tratamento da queda de cabelo;
- Estímulo para aumento do diâmetro e velocidade de crescimento dos fios;
- Combate à queda causada por distúrbios endócrinos e neurológicos;
- Alopecia areata;
- Alopecia androgenética;
- Eflúvio telógeno pós-parto;
- Tratamento pós implante.
Alopecia e COVID-19
A pandemia do COVID – 19 deixou diversas cicatrizes emocionais e em nossos corpos. Muitos perderam entes queridos, amigos próximos e isso é algo que não temos como recuperar.
Uma das queixas mais comuns após a infecção pelo SARS-CoV-2 é a queda de cabelo, e ela é corroborada pelos diversos estudos que surgiram nos últimos anos. Observou-se um quadro de queda capilar na grande maioria das pessoas que foram infectadas, tanto nas assintomáticas quanto nas pessoas que tiveram febre alta, nessas últimas, a queda de cabelo foi mais acentuada. No maior estudo publicado até o momento, o início da queixa de queda capilar iniciou-se, em média, 57 dias após a infecção pelo COVID – 19, e a duração variou entre 3 a 7 meses.
Na maioria dos casos, essa queda de cabelo é auto limitada, isto é, ela cessa espontaneamente após 3 a 6 meses após o início, porém se a queda capilar for muito exacerbada ou se o exame físico e tricoscopia apresentarem achados compatíveis com outras etiologias, o tratamento se faz essencial.